Pronúncia de “情けは人の為ならず”
Nasake wa hito no tame narazu
Significado de “情けは人の為ならず”
O significado original de “A bondade não é para o bem da pessoa” é que “mostrar compaixão aos outros não é apenas para o benefício dessa pessoa, mas eventualmente retornará para beneficiar a si mesmo também.”
Em outras palavras, atos de bondade e consideração para com os outros podem parecer beneficiar apenas o receptor à primeira vista, mas na realidade, essa boa vontade completa o ciclo e, em última instância, retorna para você como resultados positivos. Este ensinamento de forma alguma defende comportamento calculista.
Este provérbio é usado quando alguém pensa “ajudar outros não me traz benefício algum” ou quando está prestes a fazer vista grossa para alguém em necessidade. Em tais situações, você pode dizer “Não, não, como dizem ‘A bondade não é para o bem da pessoa'” para transmitir o valor das boas ações.
Mesmo nos tempos modernos, esta forma de pensar é extremamente importante. Cooperação no trabalho, voluntariado na comunidade, pequenos atos diários de bondade—todos estes, em última instância, enriquecem seus relacionamentos humanos e criam um ambiente onde você receberá ajuda quando estiver em dificuldades. Este é verdadeiramente o espírito de “A bondade não é para o bem da pessoa.”
Origem e etimologia
“A bondade não é para o bem da pessoa” é um provérbio antigo que tem sido usado desde o período Edo, mas há múltiplas teorias sobre sua origem.
A teoria mais credível é que se originou do conceito budista de “causa e efeito.” O budismo ensina que boas ações inevitavelmente retornarão para si mesmo, e este ensinamento estava profundamente enraizado nos valores morais japoneses. Para as pessoas comuns durante o período Edo, esta forma de pensar servia como um guia para a vida diária.
A influência do confucionismo também não pode ser negligenciada. O confucionismo enfatiza o conceito de “benevolência,” ensinando que a compaixão pelos outros, em última instância, beneficia a sociedade como um todo e a si mesmo. Esta filosofia foi amplamente abraçada desde a classe samurai até os comerciantes durante o período Edo.
Olhando para a estrutura linguística, a expressão clássica “tame narazu” é importante. Diferentemente do japonês moderno “tame ni naranai,” o “tame narazu” aqui significa “não apenas para o bem de.” Em outras palavras, significa que mostrar compaixão não é apenas para o bem do receptor, mas eventualmente beneficiará a si mesmo também.
O contexto para o estabelecimento deste provérbio reside na sociedade comunal do período Edo. Por ser uma era em que as pessoas não podiam sobreviver sem se ajudarem mutuamente, este ensinamento ressoava com os corações das pessoas.
Exemplos de uso
- Um vizinho pediu ajuda com a mudança, mas já que “A bondade não é para o bem da pessoa,” vou cooperar com prazer
- Tento ajudar ativamente colegas quando estão em dificuldades—afinal, dizem que “A bondade não é para o bem da pessoa”
Interpretação moderna
Na sociedade moderna, “A bondade não é para o bem da pessoa” assumiu significados mais complexos e interessantes. No entanto, infelizmente, este provérbio está sendo atualmente mal compreendido e mal usado por muitas pessoas.
O uso incorreto mais comum é interpretá-lo como “mostrar compaixão às pessoas não as beneficia.” Em outras palavras, está sendo cada vez mais usado para significar “você não deveria mimar as pessoas” ou “ser rigoroso é verdadeira bondade.” Isto é completamente oposto ao significado original, mas tal uso incorreto se espalhou devido à influência dos valores individualistas modernos e teorias de autorresponsabilidade.
Por outro lado, na era das redes sociais e da internet, o significado original deste provérbio tornou-se mais fácil de experimentar em primeira mão. Atos bondosos e compartilhamento de informações online se espalham instantaneamente para muitas pessoas e podem retornar benefícios para você de maneiras inesperadas. Exemplos modernos de “A bondade não é para o bem da pessoa” podem ser encontrados em financiamento coletivo, seguimento mútuo, troca de avaliações e muitas outras instâncias.
Além disso, conforme a globalização avança, a importância do entendimento mútuo entre diferentes culturas e cooperação internacional aumentou. A realidade de que a cooperação entre nações em problemas ambientais e econômicos que não podem ser resolvidos por um país sozinho, em última instância, beneficia os interesses de cada nação, poderia ser chamada de uma versão moderna de “A bondade não é para o bem da pessoa.”
O valor universal que este provérbio possui permanece inalterado, não importa como os tempos mudem.
Quando a IA ouve isso
Os neurocientistas descobriram recentemente um fenômeno chamado “helper’s high” (euforia do ajudante), que pode ser considerado a comprovação científica deste provérbio. Quando somos gentis com outras pessoas, nosso cérebro libera grandes quantidades de “hormônios da felicidade” como dopamina e serotonina, proporcionando uma sensação de bem-estar semelhante à que sentimos após um exercício leve.
Particularmente interessantes são os resultados de experimentos usando fMRI (ressonância magnética funcional). No momento em que os participantes faziam doações para caridade, o núcleo accumbens – centro do sistema de recompensa do cérebro – mostrava intensa atividade, com uma resposta de intensidade similar à de comer algo delicioso ou ouvir música favorita. Ou seja, ajudar outras pessoas é uma “recompensa” instintiva para o cérebro.
Ainda mais surpreendente é o impacto que atos de gentileza têm no corpo. Pessoas que fazem trabalho voluntário regularmente apresentam pressão arterial 23% mais baixa e redução de dores crônicas em comparação com aquelas que não fazem, conforme confirmado por múltiplos estudos. Isso ocorre porque a gentileza ativa o sistema nervoso parassimpático e reduz o cortisol, hormônio do estresse.
As pessoas do período Edo, mesmo sem conhecer esses complexos mecanismos neurocientíficos, compreendiam pela experiência a verdade de que “ao demonstrar compaixão, nós mesmos nos tornamos felizes”. O que a ciência moderna comprovou foi o fato de que o cérebro humano evoluiu fundamentalmente para “sentir recompensa através de comportamentos altruístas”.
Lições para hoje
O que “A bondade não é para o bem da pessoa” nos ensina hoje é a importância das conexões humanas. Talvez esta sabedoria antiga ressoe de forma renovada precisamente porque vivemos em uma sociedade moderna onde o individualismo se tornou mais forte.
Para praticar isso na vida diária, comece com pequenos atos de bondade. Segure o botão do elevador para alguém, ofereça-se para ajudar uma pessoa carregando bagagem pesada, ajude um colega com seu trabalho um pouco. Tais pequenos atos criam uma atmosfera calorosa ao seu redor.
Este espírito é particularmente poderoso no local de trabalho. Pessoas que estendem uma mão amiga quando membros da equipe estão em dificuldades naturalmente recebem ajuda quando elas mesmas estão em dificuldade. Isso não é cálculo—é o fluxo natural dos relacionamentos humanos.
O que é importante é não esperar muito em troca. Se você pensar “Eu ajudei aquela pessoa, então por que ela não me ajudará?” você arruinará suas boas intenções. A compaixão não necessariamente retorna da mesma pessoa. Frequentemente, você recebe benefícios de lugares inesperados de maneiras inesperadas.
Seus pequenos atos de bondade certamente criarão um ciclo maravilhoso em sua vida. Por que não começar hoje?


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