Um cego espiando através de uma cerca: Provérbio Japonês

Provérbios

Pronúncia de “盲の垣覗き”

Mekura no kaki nozoki

Significado de “盲の垣覗き”

“Um cego espiando através de uma cerca” é um provérbio que alerta contra pessoas com conhecimento ou compreensão insuficientes que veem apenas uma parte de algo e assumem que entendem o todo.

Ao espiar através de buracos em uma cerca, você só pode ver uma pequena porção. Similarmente, ao tentar julgar coisas sem conhecimento ou experiência suficientes, as pessoas tendem a sentir como se entendessem o todo baseado apenas em informações fragmentárias. Este provérbio é usado para alertar contra tal compreensão superficial e julgamentos precipitados. É particularmente usado em situações onde amadores expressam casualmente opiniões sobre campos especializados, ou quando problemas complexos são excessivamente simplificados. Mesmo hoje, a lição deste provérbio se aplica a situações onde pessoas julgam coisas baseadas apenas em informações fragmentárias que veem nas redes sociais e outras plataformas.

Origem e etimologia

A origem de “Um cego espiando através de uma cerca” é pensada ter emergido das cenas da vida cotidiana das pessoas comuns durante o período Edo. No Japão daquela época, cercas de bambu e cercas de madeira eram comumente usadas como limites entre casas e divisórias de jardim. Essas cercas naturalmente tinham lacunas entre tábuas ou postes de bambu, e as pessoas às vezes espiavam através delas para observar seus vizinhos.

O “cego” neste provérbio não significa “pessoa com deficiência visual” no sentido moderno, mas era usado no japonês clássico para significar “uma pessoa ignorante da razão” ou “uma pessoa ignorante”. Em outras palavras, expressa uma situação onde uma pessoa sem conhecimento ou compreensão não consegue compreender o verdadeiro significado ou quadro geral do que vê, mesmo ao espiar através de lacunas em uma cerca.

A razão pela qual tais expressões metafóricas emergiram na cultura dos habitantes das cidades do período Edo foi provavelmente porque as pessoas daquela época comumente experimentavam interações de vizinhança sobre cercas. Seria difícil compreender com precisão o que realmente estava acontecendo na casa de um vizinho baseado apenas nas cenas fragmentárias visíveis através das lacunas da cerca. Esta experiência familiar é pensada ter se estabelecido como um provérbio contendo a lição de que “compreensão superficial não pode captar a essência.”

Exemplos de uso

  • A teoria de gestão daquela pessoa é Um cego espiando através de uma cerca – falta persuasão porque não conhece o local de trabalho real
  • Criticar algo depois de ler apenas manchetes de notícias é o que você chama de Um cego espiando através de uma cerca

Interpretação moderna

Na sociedade da informação de hoje, a lição de “Um cego espiando através de uma cerca” tem significado mais importante do que nunca. Com a disseminação da internet e redes sociais, agora podemos acessar vastas quantidades de informação instantaneamente, mas ao mesmo tempo, o perigo de julgar coisas baseado apenas em informações fragmentárias também aumentou.

Particularmente nas redes sociais, as pessoas frequentemente reagem baseadas apenas em posts com contagem limitada de caracteres ou imagens e vídeos cortados, sem entender o contexto ou fundo. Isso pode verdadeiramente ser chamado de uma versão moderna de “Um cego espiando através de uma cerca.” Comportamentos similares incluem ler apenas manchetes de sites de notícias e pensar que você entende o conteúdo do artigo, ou sentir como se tivesse ganhado conhecimento sobre campos especializados olhando apenas os primeiros resultados de busca.

Além disso, com o desenvolvimento da tecnologia de IA, ferramentas convenientes como funções de resumo e tradução automática estão aumentando, mas a dependência excessiva nelas cria novas formas de “Um cego espiando através de uma cerca” onde julgamentos são feitos sem compreender o texto original ou quadro geral. Na sociedade moderna, como o volume e velocidade da informação aumentaram dramaticamente, o tempo e oportunidades para entender profundamente cada pedaço de informação diminuíram, tornando as situações contra as quais este provérbio alerta mais familiares e frequentes.

Quando a IA ouve isso

Por trás da natureza superficialmente discriminatória deste provérbio, esconde-se na verdade uma verdade surpreendente. Quando examinamos cientificamente o mundo sensorial dos deficientes visuais, descobrimos que sua audição e tato são consideravelmente superiores aos das pessoas sem deficiência.

Por exemplo, no cérebro dos deficientes visuais, a parte que originalmente seria responsável pela visão é utilizada para processar a audição e o tato. Isso é chamado de “plasticidade cerebral”, ou seja, o cérebro muda suas funções de forma flexível. Como resultado, eles conseguem julgar o porte físico e os hábitos de caminhada de uma pessoa apenas pelos passos, ou medir a distância de uma parede através de pequenas correntes de ar.

O ato de “espiar por cercas” também pode ter sido, na realidade, uma atividade sofisticada de investigação que interpretava de forma abrangente informações ricas além da visão, como sons, odores e movimentos do ar. Pesquisas modernas indicam que 83% das informações que os humanos obtêm dependem da visão, mas se aguçarmos ao extremo os 17% restantes dos sentidos, podemos detectar mudanças sutis que pessoas sem deficiência deixam passar despercebidas.

Este provérbio, embora pareça discriminatório superficialmente, expressava essencialmente “o espírito investigativo humano de se aproximar da verdade através de métodos diferentes”. Em outras palavras, pode ter sido uma percepção profunda que inconscientemente verbalizou a riqueza do reconhecimento através de sentidos diversos.

Lições para hoje

O que “Um cego espiando através de uma cerca” ensina às pessoas modernas é a importância da humildade e cautela. Precisamente porque vivemos em uma era moderna rica em informação, torna-se importante manter a consciência de que “o que estou vendo pode ser apenas uma pequena parte do todo.”

Na vida diária, vamos primeiro ter a coragem de admitir honestamente “Não sei o que não sei.” Quando perguntados por opiniões sobre campos fora de nossa expertise, em vez de responder descuidadamente, é mais sincero dizer honestamente “Não sou bem versado nisso.” Também, é importante desenvolver o hábito de reunir informações de tantos ângulos quanto possível antes de fazer julgamentos, e ouvir opiniões de pessoas em diferentes posições.

Este provérbio não exige compreensão perfeita de nós. Pelo contrário, nos ensina a atitude de aceitar a nós mesmos como capazes de apenas compreensão imperfeita, enquanto continuamos a nos esforçar por melhor compreensão. Mesmo se só podemos ver através de “lacunas de cerca,” se estivermos cientes dessas limitações, podemos gradualmente expandir nossa perspectiva.

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