Pessoas de renome não difamam as pessoas: Provérbio Japonês

Provérbios

Pronúncia de “名人は人を謗らず”

Meijin ha hito wo soshirazu

Significado de “名人は人を謗らず”

“Pessoas de renome não difamam as pessoas” significa que verdadeiros mestres e especialistas não criticam ou falam mal dos outros.

O que este provérbio expressa é que pessoas que alcançaram um alto nível em suas habilidades ou conhecimento mostram uma atitude mais tolerante e humilde em relação aos outros. Verdadeiros mestres, sendo confiantes em suas habilidades, não sentem necessidade de competir com ou se comparar aos outros. Ao contrário, mesmo quando notam a imaturidade ou deficiências de alguém, ao invés de criticá-los, tentam encontrar as qualidades boas dessa pessoa.

A razão para usar esta expressão é representar a maturidade pessoal dos verdadeiros mestres. Mostra que possuir não apenas excelência técnica, mas também grandeza de caráter como ser humano é uma condição para ser um verdadeiro “mestre”. Mesmo hoje, em qualquer área, aqueles chamados de primeira classe tendem a fornecer orientação rigorosa mas calorosa aos seus juniores e mostram respeito em relação aos seus pares.

Origem e etimologia

Sobre a origem de “Pessoas de renome não difamam as pessoas”, é difícil encontrar uma primeira aparição clara na literatura clássica, e acredita-se que se espalhou do período Edo ao período Meiji.

Por trás deste provérbio está a tradição da cultura artesanal japonesa e das relações mestre-discípulo. Na sociedade artesanal do período Edo, adquirir habilidades exigia muitos anos, e levava décadas de treinamento para se tornar um verdadeiro mestre. Os mestres que sobreviveram em tal mundo rigoroso tiveram seu caráter refinado junto com suas habilidades.

A palavra “soshiru” (difamar), embora usada hoje com o significado relativamente suave de “falar mal de alguém”, tinha significados mais sérios na linguagem clássica como “condenar”, “depreciar” e “criticar”. Em outras palavras, este provérbio expressa não o significado superficial de simplesmente “não falar mal”, mas uma maturidade pessoal mais profunda de não criticar levianamente ou menosprezar os outros.

No mundo dos artesãos, diferenças no nível de habilidade aparecem claramente. No entanto, quanto mais verdadeiro o mestre, mais eles conseguiam encontrar e reconhecer o valor individual de cada pessoa sem criticar as habilidades ou caráter de outros artesãos. Esta tolerância surgia de sua própria experiência de cometer muitos erros durante o longo treinamento e saber em primeira mão que o crescimento humano leva tempo.

Exemplos de uso

  • Aquele professor verdadeiramente incorpora “Pessoas de renome não difamam as pessoas” – ele encontra pontos bons em qualquer estudante e os elogia
  • Ele é de primeira classe como profissional, mas fiel a “Pessoas de renome não difamam as pessoas”, nunca o ouvi falar mal de seus rivais

Interpretação moderna

Na sociedade moderna, o valor deste provérbio pode estar realmente aumentando. Com a disseminação das redes sociais e da internet, criticar os outros se tornou muito mais fácil do que antes, fazendo o comportamento dos verdadeiros mestres se destacar ainda mais.

Em nossa sociedade da informação, qualquer um pode agir como especialista e facilmente criticar o trabalho ou declarações dos outros. No entanto, entre tais pessoas, aqueles com habilidade real tendem a não criticar os outros levianamente. Porque conhecem a profundidade de seu campo especializado, entendem o perigo de fazer julgamentos baseados apenas em informações superficiais.

No mundo dos negócios também, verdadeiros líderes e pessoas bem-sucedidas não criticam publicamente subordinados ou concorrentes. Ao contrário, tentam reconhecer os pontos bons dos outros e construir relacionamentos construtivos. Isto é tanto um julgamento estratégico quanto sabedoria sobre relacionamentos humanos adquirida através de anos de experiência.

Por outro lado, nos tempos modernos, “não criticar” não é necessariamente sempre uma virtude. Há casos onde críticas apropriadas e apontar problemas são necessários em relação a questões sociais e injustiças. A essência deste provérbio pode estar ensinando a importância de distinguir entre rebaixar os outros por emoções pessoais ou sentimentos de superioridade, e críticas construtivas ou apontar problemas.

Quando a IA ouve isso

O ato de “difamar” funciona, na verdade, como um “dispositivo de autoexposição” que revela publicamente as próprias limitações da pessoa sem que ela perceba.

Por exemplo, suponhamos que alguém critique dizendo “as obras daquele pintor são ruins”. No entanto, quem ouve recebe informações como “o senso estético desta pessoa é apenas deste nível” ou “esta pessoa só consegue ver a arte de uma perspectiva tão superficial”, em vez de focar no conteúdo da crítica em si. Ou seja, enquanto o crítico pensa que está atacando o outro, na realidade está provando a pequenez da própria capacidade.

Pesquisas em psicologia mostram que o conteúdo das críticas a outros reflete os valores e limitações do próprio crítico. A flecha da crítica parece apontar para o outro, mas na verdade tem uma estrutura que ricocheia de volta para si mesmo.

Por outro lado, os verdadeiros mestres mostram uma reação diferente. Mesmo quando encontram obras que não conseguem compreender, pensam “talvez haja algo que eu ainda não consigo entender”. Esta postura é exatamente o que demonstra a grandeza da capacidade do mestre.

Em outras palavras, “não difamar” não é apenas uma virtude, mas também uma estratégia sofisticada de autodefesa que protege a própria inteligência e dignidade. É a sabedoria característica dos mestres, que os protege da autoexposição disfarçada de crítica.

Lições para hoje

O que este provérbio nos ensina hoje é que o verdadeiro crescimento inclui não apenas melhoria em habilidades e conhecimento, mas também maturidade pessoal. Em qualquer área, quanto mais habilidoso você se torna, mais nota a imaturidade dos outros. No entanto, ao invés de criticá-los, ter a compostura para encontrar o valor individual de cada pessoa é a marca de um verdadeiro mestre.

Na vida diária, você pode se incomodar com as deficiências de colegas juniores, membros da família ou amigos. Em tais momentos, tente lembrar deste provérbio. Antes de falar palavras de crítica, tente focar nos aspectos bons da outra pessoa. Fazendo isso, tanto você quanto aqueles ao seu redor deveriam conseguir construir relacionamentos melhores.

Também, quando se sentir crítico vendo posts de outros nas redes sociais, tente pausar por um momento. Pessoas com habilidade real podem oferecer comentários construtivos e palavras calorosas mesmo em tais situações. Isto não é hipocrisia, mas uma manifestação da grandeza de caráter como ser humano.

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