Pronúncia de “絵に描いた餅”
e ni kaita mochi
Significado de “絵に描いた餅”
Este é um provérbio que se refere a teorias impraticáveis ou teorias de gabinete que não têm utilidade no mundo real.
Este provérbio ensina que não importa quão maravilhoso um plano ou ideal possa ser, ele é sem sentido sem implementação. É particularmente usado quando se criticam ideais ou planos que são irrealistas ou propostas feitas sem considerar a viabilidade. Também é usado para apontar coisas que podem parecer impressionantes mas carecem de praticidade. Mesmo hoje, é amplamente usado como uma expressão que adverte contra teorias que carecem de aplicação prática.
Origem e etimologia
Diz-se que este provérbio se espalhou do período Muromachi até o início do período Edo. Naquela época, mochi era uma comida de luxo para pessoas comuns, consumida apenas durante eventos especiais e celebrações. Não importava quão belamente um artista desenhasse o mochi, ele não podia ser realmente comido. Esta situação de “parecer bom mas não ter uso prático” era adequada para expressar a lacuna entre ideais e realidade, e gradualmente se estabeleceu como um provérbio.
Particularmente durante o período Edo, conforme a cultura pictórica se desenvolveu com ukiyo-e e pinturas murais, mais pessoas se familiarizaram com a arte. Portanto, a expressão “Bolo de arroz desenhado em uma pintura” passou a ser amplamente utilizada como um exemplo facilmente compreensível para muitas pessoas.
Curiosidades
Diz-se que entre os artistas de ukiyo-e do período Edo, alguns deliberadamente criaram obras apresentando “Bolo de arroz desenhado em uma pintura” como tema, expressando satiricamente este provérbio. Também foi usado como tema para artistas competirem em sua habilidade, desenhando mochi tão realisticamente que poderia ser confundido com o real.
Exemplos de uso
- Aquele plano é apenas um Bolo de arroz desenhado em uma pintura, sem considerar meios realistas de implementação
- Apenas falar sobre ideais é como um Bolo de arroz desenhado em uma pintura, vamos agir primeiro
Interpretação moderna
Na sociedade moderna, o significado deste provérbio tem se tornado cada vez mais importante. Especialmente com a disseminação das redes sociais, embora tenha se tornado mais fácil projetar imagens de estilos de vida ideais e sucesso, há muitos casos em que a realidade não corresponde a essas projeções. Posts de influenciadores e propagandas corporativas chamativas às vezes se tornam meros “Bolo de arroz desenhado em uma pintura”.
No mundo dos negócios, há uma tendência crescente de propostas e planos que são como “Bolo de arroz desenhado em uma pintura”. Em meio às crescentes expectativas por novas tecnologias como IA e metaverso, muitos conceitos são propostos sem considerar minuciosamente sua viabilidade. Nessas circunstâncias, este provérbio serve como um importante alerta ao considerar o equilíbrio entre realidade e ideais.
Quando a IA ouve isso
“Mochi pintado em quadro” é um exemplo perfeito do que a teoria da informação chama de “compressão dimensional”. No momento em que um mochi real tridimensional se torna uma pintura bidimensional, a informação mais importante desaparece.
Na teoria da informação, quando dados são comprimidos, algo sempre se perde. Por exemplo, quando música é convertida para MP3, as frequências agudas inaudíveis ao ouvido humano são cortadas. Mas no caso do mochi, o que se perde são o “sabor”, o “aroma” e a “textura” – as informações mais essenciais para um mochi.
O interessante é que a informação visual é perfeitamente preservada. Um mochi pintado pode ser desenhado de forma idêntica ao real. Cor, forma e textura podem ser reproduzidas. Ou seja, em termos de quantidade de informação, os dados visuais representam apenas uma pequena parte do todo, mas nós temos a ilusão de que isso é uma “reprodução completa”.
O mesmo fenômeno ocorre com a tecnologia VR moderna. Por mais realistas que sejam as imagens criadas, cheiros e sabores não podem ser reproduzidos. Por mais apetitosos que sejam os vídeos de culinária no YouTube, eles não saciam nossa fome.
O que este provérbio mostra é que “quantidade” e “qualidade” de informação são coisas distintas. Mesmo preservando perfeitamente dados de grande volume como a aparência, basta faltar pequenos dados como o sabor para que o valor daquele objeto seja completamente perdido. É surpreendente que pessoas de 300 anos atrás tenham compreendido intuitivamente um problema essencial da sociedade da informação moderna.
Lições para hoje
Este provérbio nos ensina, vivendo na era moderna, sobre a “importância da ação”. Embora o desenvolvimento das redes sociais e da internet tenha tornado mais fácil visualizar planos e sonhos ideais, ações concretas são necessárias para realizá-los.
Embora ter sonhos seja maravilhoso, para evitar que permaneçam como mero “Bolo de arroz desenhado em uma pintura”, precisamos da coragem para começar com pequenos passos. Mesmo quando lutamos com a diferença entre ideais e realidade, através da prática contínua, podemos gradualmente nos aproximar de nossos ideais.


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